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quarta-feira, 25 de março de 2015

O que o Fantástico Jaspion e o Marketing de Conteúdo têm em comum?


Quem estiver na casa dos trinta e poucos anos com certeza se lembra do Fantástico Jaspion, o herói que combatia o mal e fazia a alegria da garotada que saia correndo da escola para acompanhar suas aventuras na extinta TV Manchete. 

Segue abaixo um vídeo extraído de um dos episódios que será fundamental para responder a pergunta do título deste post:




Neste vídeo conferimos as principais armas e veículos que Jaspion usava para enfrentar seus inimigos em praticamente todos os episódios. Lembro que na época muitos diziam: "mas, todas parecem brinquedo" e a intenção dos produtores da série era justamente essa.

O Fantástico Jaspion foi produzido no Japão pela Toei Company no ano de 1985 e, a exemplo de outras séries do gênero tokusatsu, teve seus brinquedos licenciados por lá pela empresa Bandai. Como já havia dito num outro post, esse tipo de produção sempre é destinada a venda de produtos que levem seu nome, mas o caso Jaspion é ainda mais interessante por usar as mesmas técnicas do Marketing de Conteúdo.

Segundo o grupo Rock Content, Marketing de conteúdo é uma maneira de engajar com seu público-alvo e crescer sua rede de clientes e potenciais clientes através da criação de conteúdo relevante e valioso, atraindo, envolvendo e gerando valor para as pessoas de modo a criar uma percepção positiva da sua marca e assim gerar mais vendas e é exatamente isso que faz o valente herói nipônico.

A cada episódio Jaspion trazia uma história que nos atraia, nos envolvia, as vezes até nos emocionava e fazia com que criássemos uma imagem positiva do herói e nos incentivava a comprar produtos ligados a série. E como o público alvo era o infantil, os que mais vendiam eram os brinquedos baseados nas armas e veículos frequentemente mostrados em suas aventuras.

E se você também gostava desse herói, deixe uma saudosa opinião nos comentários e continuemos debatendo esse tema.
   


Postado por: IVAN DE SOUZA
Jornalista, publicitário, marqueteiro e blogueiro nas horas vagas. Também gosta de desenhar e acredita viver uma real Vida de Marketing.
Para saber mais sobre mim, visite meu perfil ou me mande um e-mail.

2 comentários:

  1. Eu costumo dizer que um episódio de Tokusatsu é um comercial de brinquedos de 20/25 minutos. Pode parecer uma definição pejorativa, mas isso não me torna menos ou mais fã de heróis como Jaspion. Sou completamente apaixonado por super-heróis japoneses e acho que isso influenciou muito na formação da pessoa e do profissional que eu sou hoje. A estratégia de tornar o herói numa espécie de "agente de marketing" dos produtos licenciados da série é uma das coisas que mais evoluiram no Tokusatsu nas últimas décadas. E uma das coisas que mais modificou as séries em termos de enredo/roteiro e direção. Séries dos anos 60/70 e até 80 tinham apelo comercial, claro, mas isso não era o carro chefe da produção. Se antigamente os brinquedos licenciados eram derivados da série, hoje não seria errado dizer o contrário. Isso, contudo, não significa que esse fervoroso apelo comercial tenha tornado as séries piores, fúteis e idiotas. Afirmar isso seria cair num perigoso saudosismo (sempre me irritei com aqueles velhos que me diziam que, no tempo deles, tudo era melhor). Eu prefiro entender que os tempos hoje são outros, o mundo de hoje é bem diferente (melhor ou pior é relativo). O planeta que o Kamen Rider Drive defende já não é o mesmo do National Kid. E, assim como os heróis japoneses têm feito, também precisamos nos adaptar constantemente aos novos cenários do mercado.

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    1. Com certeza, os tempos mudam e os mercados também. National Kid era um garoto propaganda que promovia a venda de rádios da National, Jaspion impulsionava a venda de brinquedos e um monte de apetrechos que levavam o nome da série, já os heróis nipônicos dos dias de hoje talvez inspirem produtos eletrônicos. Temos que aceitar e nos adaptar a essas mudanças.

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